segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dia Nacional do Saci-Pererê será comemorado em dia 31 de outubro



Dia Nacional do Saci-Pererê será comemorado em dia 31 de outubro

Em Florianópolis, a Celebração do Dia Nacional do Saci-Pererê será no dia 31 de outubro, quarta-feira, das 16h30 às 18h30, na Esquina Democrática, em frente à igreja São Francisco. A promoção é do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal do Estado de Santa Catarina (Sintrajusc), com apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Santa Catarina (Sintufsc) e da Revista Pobres & Nojentas.

A lenda é assim! Basta que exista um bambuzal e, de repente, de dentro dos caniços, nascem os sacis. É como eles vêm ao mundo, dispostos a fazer estripulias. Conta a história que esses seres já existiam bem antes do tempo que os portugueses invadiram nossas terras. Ele nasceu índio, moleque das matas, guardião da floresta, a voejar pelos espaços infinitos do mundo Tupi-Guarani. Depois, vieram os brancos, a ocupação, e a memória do ser encantado foi se apagando na medida em que os própriospovos originários foram sendo dizimados.

Quando milhares de negros, caçados na África e trazidos à força como escravos, chegaram no já colonizado Brasil, houve uma redescoberta. Da memória dos índios, os negros escravos recuperaram o moleque libertário, conhecedor dos caminhos, brincalhão e irreverente. Aquele mito originário era como um sopro de alegria na vida sofrida de quem se arrastava com o peso das correntes da escravidão.

Então, o moleque índio ficou preto, perdeu uma perna e ganhou um barrete vermelho, símbolo máximo da liberdade. Ele era tudo o que o escravo queria ser: livre! Desde então, essa figura adorável faz parte do imaginário das gentes nascidas no Brasil.

O Saci-Pererê é a própria rebeldia, a alegria, a liberdade. Com o processo de colonização cultural via Estados Unidos – uma nova escravidão - foi entrando devagar, na vida das crianças brasileiras, um outro mito, alienígena, forasteiro. O mito do Haloween, a hora da bruxa e da abóbora, lanterna de Jack, o homem que fez acordo com o diabo.

A história é bonita, mas não é nossa. Tem raízes irlandesas e virou dia de frenéticas compras nos EUA e também no Brasil. Na verdade, a lógica é essa. Ficar cada vez mais escravo do consumo e da cultura alheia. Jeito antigo de colonizar as mentes e dominar. É por isso que a Pobres & Nojentas quer recuperar o Saci, o brasileiro moleque das matas, guardião da liberdade, amante da natureza que hoje está ameaçada de destruição.

Queremos vida digna, um país soberano na política, na economia, na arte e na cultura. Cada região deste Brasil tem seus próprios mitos. Caipora, Boitatá, Curupira, Bruxa, Negrinho do Pastoreio... São os amigos do Saci que estão presentes na atividade do Dia do Saci Pererê, saudando e buscando a liberdade.

Mais informações: Elaine Tavares – 48-99078877 via Facebook

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Alexandre Mury trabalha auto-retratos, a partir de releituras de ícones, da pintura, escultura, cinema, literatura e outras referências da cultura universal usando a fotografia como suporte. O artista fotografa desde os 16 anos e realizou sua primeira exposição coletiva importante em 2010 no MAM-RIO (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro), fazendo parte da coleção de Gilberto Chateaubriand.

Nascido no estado do Rio de Janeiro, no dia 13 de janeiro de 1976 é um artista por vocação, desde criança desenhou e pintou. A fotografia como expressão vem legitimá-lo como artista a partir do momento em que começa a ter suas primeiras obras na coleção de renomados colecionadores brasileiros de arte como Joaquim Paiva. Através da livre interpretação recontextualizada, lúdica e intrigante faz ressignificar célebres criações eternizadas e convida para repensar os clássicos. O caráter performático, a auto-direção, a escolha e produção de figurinos e cenários esquadrinham o estilo, inventividade e habilidades de um multiartista. A auto-imagem e o discurso do “eu” orientam a unicidade no conjunto de uma obra bastante eclética. O improviso e a visão alegórica remetendo as coisas do Brasil com uma estética vernacular e peculiar no trabalho do artista que explora o contexto contemporâneo mundial de reciclagens e releituras.

Conheça mais sobre o artista clicando aqui.

Foto: Alexandre Mury "como" Dr. Gachet, pintado por hospedagem de site grátis Van Gogh (1890) atualmente exposto no Museu D'Orsay (Paris/França)

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